domingo, 12 de outubro de 2014

ORIGEM DO VIOLINO

    Bom faz tempo que não escrevo, mas aqui vai mais um pouco da história do violino, continuando o assunto iniciado.(sempre deixando claro que essas são informações retiradas de diversas fontes).

    A data de origem do violino depende de uma explicação arbitrária de o que vem a ser o violino. Quais características estruturais ele deve ter? Quantas cordas? Se, entre outras coisas, o violino é definido como tendo quatro cordas, uma data e local aproximados de sua origem poderão ser estabelecidos. Mas se três cordas são suficientes para a definição, uma data mais antiga pode ser dada. Entretanto, mesmo se o termo violino for claramente definido, a data e local de sua origem podem ser determinados apenas aproximadamente, já que há poucas evidências documentais (construtor e procedência) dos violinos do século XVI que restaram e, quando elas existem, estas são imprecisas. Por essa razão, não se pode dizer precisamente onde, quando e quem “inventou” o violino (BACCHETTA, 1937 em BOYDEN, 1990, p. 6).

    Outro impecílio é apontado no livro de Kolneder (1999, p. 77). Nele, o autor diz que documentos escritos, incluindo tratados teóricos, memórias, diários de viagem, descrições de eventos festivos, documentos pessoais, comprovantes de pagamento e outros, tornam-se difíceis de serem compreendidos devido às suas obscuras terminologias em várias línguas. O nome “viola” serve como exemplo. No século XVI existiam dois tipos de viola. De acordo com a maneira como eram tocadas elas eram chamadas de viola da braccio ou viola da gamba. Em alguns escritos consta apenas o termo viola, e nesses casos, não sabemos a qual tipo se referem.
    
    Ao buscarmos os primeiros estágios do violino, é necessário fazermos uma
distinção de sua primeira forma da forma atual. Na figura a seguir, encontramos os principais traços do violino como existe hoje. Um instrumento com essas características (do violino atual) surgiu por volta de 1550.




    Por meio de estudos cuidadosos de objetos de arte, documentos e dos poucos instrumentos existentes do início do século XVI, algumas respostas sobre a origem do violino foram encontradas. Essas respostas são controversas, de acordo com alguns autores. 

    De acordo com Conforti (1987, p. 21) o violino é citado pela primeira vez em um registro da Tesouraria Geral di Savoia, onde, no dia 17 de dezembro de 1523, figura um pagamento pela execução de trompetes e violinos de Verceli. Já os primeiros registros 13 iconográficos de seu surgimento são encontrados em pinturas e afrescos do pintor italiano Gaudenzio Ferrari (c. 1480-1546), em igrejas perto de Milão, datados do início do século XVI. A mais antiga dessas pinturas, La Madonna degli aranci, encontrada na igreja de São Cristóvão em Verceli, foi pintada por volta de 1529-30. Ela mostra uma criança tocando um violino muito parecido ao que se firmou na segunda metade do século: uma caixa com contornos profundos, o braço separado do corpo do instrumento, uma voluta rudimentar e um estandarte em forma de coração.




    A representação mais famosa, entretanto, é encontrada em um grande afresco na cúpula da Catedral de Saronno, de 1535. Nesse afresco, encontramos um instrumento com a forma típica do violino: nele, a voluta e as cravelhas estão dispostas da maneira como conhecemos hoje.




    As pinturas e afrescos mencionados mostram que o mais antigo violino surgiu não depois de 1529-30. Essas pinturas foram encontradas em igrejas na vizinhança de Milão, de modo que se torna mais fácil afirmar que esses instrumentos se originaram no norte da Itália e eram vistos freqüentemente pelo pintor por volta de 1530. Essas datas fazem termos como violon e violetta aceitáveis quando encontrados depois de 1530. O termo violon foi
encontrado em documentos na França na época das pinturas de Gaudenzio Ferrari, o que prova que o violino já existia por lá, mas um maior número de documentos e pinturas dá o norte da Itália como o local do surgimento desse instrumento. 

    Já falamos da data e local prováveis do surgimento do violino, porém um dado importante ainda não foi mencionado: o seu possível “inventor”. Em seu tratado de 1553, Lanfranco(1) identifica dois construtores brescianos(2) como construtores de lira e seus semelhantes. No início do século XVI, o termo lyra ou lira poderia também significar a lira da braccio ou o membro da família do violino (viola da braccio). 

    De acordo com Galilei(3), durante muitos anos a viola da braccio foi chamada de lira, motivo por que é possível que os construtores mencionados por Lanfranco de fato tenham produzido violinos. Os construtores citados são Giovan Giacobo dalla Corna e Zanetto Montichiaro. Este último nasceu por volta de 1488, em Montichiaro, uma cidade perto de Brescia, lugar onde em 1530 se estabeleceu e no qual morreu entre 1562 e 1568. Sua arte foi conduzida a tanta perfeição que ele foi considerado um dos fundadores da escola da Brescia, juntamente com G.G. dalla Corna, G. B. Donedo e Girolamo Virchi. Virchi nasceu em Brescia em 1523 e foi professor de Gasparo da Salò. 

    Há uma grande discussão entre Cremona(4) e Brescia quanto à invenção do violino. Brescia com Gasparo da Salò e Cremona com Andrea Amati. A invenção do violino não pode ser atribuída a Gasparo da Salò, já que evidências iconográficas provam que o violino de três cordas existia por volta de 1530, e o de quatro cordas é citado por Jambe-de-Fer em 1556, e o primeiro violino de Gasparo é datado de 1562.

    O caso de Andrea Amati é um pouco mais complicado. Há dúvidas com relação a sua data de nascimento, mas pesquisas de Carlos Bonneti(5) foram capazes de estabelecer com alguma certeza que Amati nasceu em Cremona entre 1500 e 1505. Portanto, ele poderia ter construído violinos na época das pinturas de Gaudenzio. Apesar disso, três autores que trataram desse assunto, Conforti (1987), Kolneder (1999) e Boyden (1990), indicam dalla Corna e Montichiaro como os possíveis primeiros construtores de violinos (já que eles
começaram a construir instrumentos antes de Amati) e Brescia como sendo o primeiro centro de construção desse instrumento.
 
    Ainda de acordo com esses mesmos três autores, o violino não surgiu de um único instrumento: ele herdou traços característicos de três outros do século XVI, que são a rabeca, o fiddle e a lira da braccio - nesse ponto, Kolneder (1999, p. 90) dá mais ênfase à contribuição da viola. Não falaremos exaustivamente sobre cada um desses instrumentos, mas, sim, sobre suas contribuições na construção do novo violino.
   
    As rabecas, que datam de antes do século XIII, são de uma família de instrumentos com o registro típico do soprano, alto-tenor e baixo. O corpo se parece com a metade de uma pêra, o braço e a caixa de cravelhas são partes integradas ao resto do corpo, ou seja, não são partes encaixadas separadamente. Nesse aspecto, o corpo do violino e da rabeca nada têm em
comum. A rabeca tinha três cordas, afinadas em quintas: sol, ré e lá; suas cordas eram presas e apertadas por cravelhas inseridas lateralmente na caixa de cravelhas, como no violino. Ela não tinha trastes e era apoiada no peito ou no pescoço. A rabeca não tinha alma, e a ausência dela fez uma diferença considerável na qualidade sonora, deixando-a com uma sonoridade áspera e
rouca.





    Em regra, o fiddle da Renascença tinha cinco cordas, estava no registro do soprano, era de tamanho comparado ao do violino atual e seu tampo e fundo eram conectados por faixas (como no violino). Ele tinha o braço e espelho separados e possuía trastes. Entretanto, diferentemente do violino, as cravelhas eram colocadas na frente da caixa de cravelhas, que geralmente tinham forma de coração ou de folha.





    A viola da braccio tem o corpo consideravelmente parecido ao do violino, apesar de seu tamanho variar desde a pequena viola até a grande. Tem o tampo e o fundo conectados por faixas e possui alma, assim como o violino. Diferentemente deste, a lira da braccio de 1500 tinha sete cordas, e duas delas, mais graves, continuavam depois do fim do espelho. Não há evidências de que a lira da braccio tinha trastes antes de 1600. As cravelhas eram colocadas na frente da caixa de cravelhas. Às vezes, as aberturas no tampo eram em forma de f e, em outros momentos, em forma de C.





    No começo do século XVI, percebeu-se o ganho em combinar o potencial sonoro do fiddle com o benefício musical da afinação em quintas da rabeca. Por ter uma caixa de ressonância plana e também uma alma, o fiddle tinha uma sonoridade superior; além disso, o fato de o braço e o espelho serem encaixados separadamente o tornou um instrumento mais fácil de ser tocado que a rabeca. Por outro lado, a afinação em quintas da rabeca permitiu uma
técnica de dedilhado mais consistente e, por ter menos cordas e as cravelhas serem colocadas lateralmente, eram mais fáceis de afinar. Já a lira da braccio deu ao violino o seu desenho típico, incluindo a parte superior, central e inferior. O tampo e fundo arcados foram suportados pela alma, e as faixas ligavam essas duas partes. Outras características da lira da braccio que o violino adotou foram o braço fixado separadamente do corpo (assim como o fiddle) e um espelho sem trastes.
 
    Então cientes de que o violino surgiu como uma amálgama de três instrumentos e sabendo as principais características que ele adotou de cada um, é necessário, agora, que saibamos das mudanças que nele ocorreram para que chegasse à forma atual.
 
    Ainda na viola da braccio, ocorreram algumas mudanças que foram repassadas ao violino. Uma maior distância entre as cordas foi criada, que se deu através de um maior entalhe nas laterais, o que também permitiu um ataque mais vigoroso do arco. Cordas mais grossas foram usadas, resultando em um volume de som maior, além de oferecerem maior resistência ao arco, o que exigiu um tocar mais enérgico. Mais resina foi usada no arco e houve um aumento no número de crinas. As cordas, com uma maior amplitude de vibração, tiveram a necessidade de um cavalete mais alto, para evitar que elas não atingissem o espelho. Uma maior altura do cavalete, juntamente com a tensão das cordas, criou uma pressão do cavalete sobre o tampo e, para evitar que ele rachasse ou quebrasse, foi necessário o uso de um suporte. Então, uma pequena haste foi colocada, a alma, e depois percebeu-se que ela tinha grande influência no som do instrumento. Um outro fato é que a caixa de cravelha teve
que ficar um pouco mais inclinada em relação às cordas, para reduzir a tensão; a pestana também foi adicionada.
    
    Uma maior amplitude de vibração, combinada com cordas mais grossas, teve um profundo efeito na forma do corpo do instrumento, já que a vibração das cordas e a caixa de ressonância estão intimamente relacionadas. O uso de uma madeira mais grossa anulou parcialmente a intensidade de vibração, o que interferiu na sua capacidade de ressonância. Então, percebeu-se que um melhor entalhe da madeira do tampo e fundo, de acordo com a vibração, seria o melhor caminho. Para compensar a força das cordas mais graves, uma solução foi encontrada: a barra harmônica. Ela foi colocada na parte de dentro do instrumento, no lado das cordas graves. A barra harmônica equalizou vibrações ao longo de todo o tampo e impediu excessiva agitação na vibração dos pontos nodais.
    
    O tampo do instrumento também sofreu modificações de acordo com a forma das aberturas. Ilustrações e instrumentos preservados dos séculos XV e XVI mostram que as aberturas sonoras foram objetos de muitas experimentações. As aberturas em C eram as mais usadas e, com o tempo, tornaram-se maiores e foram colocadas em melhor posição acústica, sendo melhor distribuídas na espessura fina da madeira. Já as aberturas em f, usadas atualmente, são uma derivação das em C, e provaram ter um efeito mais favorável na tensão
da madeira.

   Kolneder (1999, p. 88) tem uma opinião quanto à participação da
viola no desenvolvimento do violino:
Essas mudanças estruturais são resultados da tentativa de aumentar o som da viola da braccio. [...] Essa é uma parcial descrição do desenvolvimento do violino. Ver isso na sua verdadeira perspectiva pode nos livrar da noção de que um liutaio quis “inventar o violino”. Mais propriamente, eles tenham começado por tentar modificar o som da viola da braccio.
    Todavia, como vimos anteriormente, o violino não veio apenas da viola da braccio, e sim, de um conjunto de características de três instrumentos. Kolneder (1999, p. 90) nos traz, ainda, uma frase que ajuda a encerrar essa parte do trabalho com relação à época do surgimento do violino:
Sem exageros, podemos dizer que o processo de desenvolvimento levou trinta, quarenta ou mais anos. Não podemos determinar se o primeiro instrumento que soou como um violino foi construído em 1470 ou 1490, mas certamente o processo foi concluído por volta de 1500.

1: Citado por Boyden (1990, p. 10).
2: Brescia: província italiana da região da Lombardia.
3: Citado por Boyden (1990, p. 10).
4: Cremona: também província italiana da região da Lombardia
5: Citado por Kolneder (1999, p. 101).

domingo, 19 de agosto de 2012

Início da criação do violino -- Escassez de informação

 O início da história do violino é envolto por numerosos mistérios e obscuridades. No começo do século XVI, muito se sabia sobre ele e sua família, mas nada foi escrito, e essa é uma das causas da dificuldade que temos hoje em saber sobre o início de sua história. A seguinte frase de Michael Praetorius ilustra bem a situação: “E como todos sabem sobre a família do violino, é desnecessário indicar ou escrever algo sobre ela” (BOYDEN, 1990, p. 1). Praetorius escreveu essa passagem há quase quatro séculos, e o que se sabia sobre o violino naquela época, hoje não se sabe mais. Se todo o conhecimento que possuíam tivesse sido escrito, hoje, horas de pesquisas não precisariam ser gastas. Testemunhos sobre a construção do instrumento, a música feita para ele e a maneira como era tocado seriam de grande valor.
 
 O fato de haver limites para se descobrir sobre a música e a técnica do violino no século XVI decorre, também, da situação da música instrumental dessa época. Antes de 1600, na maior parte do tempo, os instrumentos serviam simplesmente para dobrar vozes, ou seja, faziam as mesmas notas que os cantores. Partes escritas especificamente para algum instrumento eram poucas e, por isso, o desenvolvimento técnico do idioma instrumental foi limitado e inexplorado, com exceção de algumas peças para alaúde e instrumentos de teclado.

 Com o tempo, essa prática conduziu naturalmente à independência das formas instrumentais derivadas dos modelos vocais. É aí que surgem formas como a canzona, que ainda não estava totalmente desligada do modelo vocal. Como exemplos de música realmente instrumental temos os prelúdios, tocatas e variações escritas para alaúde e instrumentos de teclado. Boyden (1990, p. 3) diz que no tratado de Diego Ortiz, datado de 1553, encontramos explicações
sobre divisões de arco feitas na viola as quais eram mais ou menos figurações instrumentais elaboradas e improvisadas de uma dada parte ou melodia.

 O fato é que o início da história do violino tem que ser lembrado como parte de uma tradição de música instrumental orientada para a música vocal. É importante constatar que o violino e os instrumentos de sua família também eram usados em danças, visto que sua facilidade na articulação rítmica e o som penetrante favoreciam seu uso nessa atividade.

 Segundo Boyden (1990, p. 40) a música para violino mais antiga de que se tem registro é datada de 1581 e foi feita para ser tocada em um casamento real francês. A peça está registrada por ter sido tocada em um evento grandioso. Contudo, ainda assim, a dança não era o meio mais adequado para que a verdadeira identidade do violino fosse desenvolvida, a qual passamos a encontrar na tradição não escrita da improvisação e nas formas de prelúdios,
tocatas etc.
 
 A escassez de informações sobre o início da história do violino também se deve ao fato de esse instrumento ocupar uma baixa posição social no século XVI. Por ser geralmente usado por profissionais que o tocavam para sobreviver, ele gozava de pouco prestígio. Em contrapartida, alaúde e viola da gamba eram tocados, principalmente, por pessoas da aristocracia, que eram grandes entusiastas desses instrumentos. Além disso, tocar viola da gamba ou alaúde fazia parte da educação dos “bem-nascidos”. Boyden (1990, p. 4l), citando um relato de Jambe-de-Fer (o mais antigo sobre violino que se tem notícia), datado de 1556 e transcrito abaixo, fornece uma prova disso:

Nós chamamos violas àquelas com as quais cavalheiros e outras pessoas de virtude
passam seu tempo. [...] O outro tipo é chamado violino; ele é comumente usado
para a dança. [...] Eu não ilustrei o chamado violino, porque você pode pensar que
ele se assemelha à viola, além do que, há poucas pessoas que o usam, salvo aqueles
que ganham a vida tocando-o.

 Em suma, o violino era pouco respeitável do ponto de vista social e, comparado ao alaúde ou órgão, tinha quase nenhum prestígio. Ele era um instrumento comum à dança, e era tocado por profissionais que tiravam seu sustento através dele. Isso fez com que seu potencial técnico não fosse desenvolvido no início do século XVI e que informações a seu respeito fossem consideradas irrelevantes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O violino sua história e a Luteria

 O violino é um instrumento reconhecido e admirado, a respeito do qual existem muitas histórias e até lendas. Dentre essas histórias é muito comum ouvirmos sobre o famoso construtor Stradivari e seus violinos, e freqüentemente nos deparamos com alguém dizendo ter um deles em sua família. Em primeiro lugar, faz-se necessário dizer que Antonio Stradivari foi um liutaio (artesão que constrói instrumentos de corda) que trabalhou na cidade italiana de Cremona entre os séculos XVII e XVIII. 

Nessa época, a construção de violinos alcançava o seu ápice. Stradivari teve uma vida bastante longa, o que lhe possibilitou fazer muitas experiências e aprimorar os resultados obtidos por outros liutaios anteriores a ele. Sabendo da existência de outros liutaios e das escolas de liuteria às quais pertenciam, podemos perguntar quem eram eles e quais as suas contribuições para o violino.  

Dessa maneira, abordaremos nesse blog a liuteria desde o surgimento do violino, falando dos principais construtores, escolas e de seus instrumentos,
além de, junto a isso, fazermos um levantamento de informações obtidas através de vários autores para sabermos um pouco mais sobre essa origem (onde, quando, por que e por quem foi criado).

A partir do momento em que chegamos a uma data aproximada do início da criação do violino, procuraremos contar a história da liuteria artística desde o surgimento do violino no século XVI, passando pelas suas principais escolas de construção, dos séculos XVII e XVIII até os dias de hoje. 

Procuraremos saber se muita coisa mudou nessa arte de construção. Tendo em vista que ela alcançou seu apogeu já há alguns séculos, seria ela considerada uma arte estagnada? É possível haver mudanças na forma de construir ou elas só podem ocorrer no sentido de subsidiarem uma facilidade à arte do liutaio? Como é o trabalho de um profissional da atualidade que segue a tradição, e qual a sua visão a respeito dessa profissão hoje em relação ao passado e o que há
por vir? 

O método usado para este trabalho de pesquisa, consiste na leitura de livros a respeito da história do violino e liuteria, em conversas que tive com alguns liutaios e em pesquisas a sites relacionados a esses assuntos, a fim de saber a opinião de liutaios a respeito de suas experiências com novas tecnologias e os seus benefícios para o trabalho do liutaio.

 Outro objetivo desse assunto é obter a análise de profissionais a respeito dos instrumentos antigos e dos construídos hoje em dia, comparando o nível de qualidade entre eles. De início, as dificuldades com relação a informações sobre o começo da história do violino são apontadas, para em seguida serem apresentadas as respostas de alguns autores a respeito do que teria causado essa escassez de dados. 

Em decorrência dessa falta de informações, estudiosos do assunto buscaram em pinturas e documentos da época os indícios do surgimento do violino, sendo que as pinturas mais relevantes serão aqui apresentadas(Em breve). Tendo em vista que o violino é um amálgama de outros três instrumentos, as características de cada um serão descritas para, em seguida, ser oferecida ao leitor desse blog, a definição de cada parte do violino. 

A partir daí, as principais escolas de liuteria dos séculos XVII e XVIII serão
apresentadas junto aos seus construtores mais importantes, culminando nos dias atuais. Acredito que este assunto possa servir de ajuda principalmente a estudantes de violino, pelo fato de expor em uma forma concisa os principais fatos da liuteria e um pouco de sua história, fazendo uma apresentação, despida de alguns mitos, dos principais construtores desse instrumento. O fato de o violino ser apresentado parte por parte bem como a apresentação do seu processo de construção passo a passo e a descrição de algumas transformações que ocorreram no decorrer de sua história também é de grande ajuda.

Essas questões serão respondidas através desse blog com assuntos que tenho conhecimento e outros que pesquisei e encontrei muita coisa boa, espero que apreciem os próximos post's.

Abraços a todos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Arte em seu estado mais sublime!!!

Luteria, simplesmente é um ramo da arte que beira a perfeição e a extrema beleza, no tocante ás obras feitas pelo homem. Aguardem mais post's.